quinta-feira, 7 de outubro de 2010


Ando tão feliz ultimamente, bebendo demais, rindo demais, saindo demais. E o tempo que eu perdia pensando em futilidades, agora eu ganho pensando em futilidades utilitárias. Quase nunca perco o sono, devem ser os dias corridos, o cansaço da rotina, as noites cheias. Lugares que eu costumava frequentar, horas do dia que eu costumava tirar pra pensar e refletir já não são necessários. Músicas que eu ouvia, coisas que eu escrevia pra me aliviar não fazem mais sentido. Não penso mais em frustrações ou decepções, não sinto mais medo do amanhã nem saudade do ontem. Parei de me doer por coisas pelas quais eu nada posso fazer. Mas ainda sinto faltar um pedaço; meu vazio evoluiu para algo ainda mais complexo e inexplicável.

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