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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Os dias passam devagar; tenho aprendido coisas com esse passar de tempo, lições que valem por uma vida. Aprendi que sempre seguimos princípios e fazemos escolhas certas e erradas e que elas têm conseqüências. Descobri que nem sempre aprendemos da primeira vez que erramos e que às vezes demora certo tempo pra conseguirmos acertar; aprendi que todos têm problemas e que nem sempre é fácil resolvê-los; aprendi que demonstrar os sentimentos nem sempre é o certo a fazer e que confiar cegamente nas pessoas muitas vezes nos faz quebrar a cara. Descobri que não existe felicidade certa ou completa, só felicidade e que ela não dura pra sempre ou nasce com agente, mas é composta de momentos e lembranças. Aprendi que temos uma boca e dois ouvidos pra ouvir mais e falar menos, aprendi dar valor às coisas simples e tirar grandes lições de pequenos mestres. Aprendi que pra chorar não precisamos de motivo só de vontade e que pode até não resolver, mas nos faz sentir aliviados. Descobri que um dos maiores erros da humanidade é julgar o que não se conhece e que quando pensamos saber tudo é que temos mais a aprender.

sábado, 14 de fevereiro de 2009


Imagine um jardim antigo rodeado de arvores mortas e flores murchas pelo tempo. No meio uma fonte seca abriga a escultura de um anjo, com as asas quebradas parece rezar por uma alma há muito perdida. Cacos no chão indicam vestigios de uma triste despedida; caída, o olhar distante, uma jovem mergulhada em suas mórbidas lembranças. Do mais remoto e vazio ao mais profundo e sombrio, lugares que ela nem sabia que existia em si mesma; tudo dói. Nada parece fazer sentido. Arrependimento pelo o que ela não cometeu; falta do que ela não teve; saudade do que ela não viveu. Rodeada de fantasmas ela se sente sozinha, confusa, em sua mente ela ainda ouve os risos falsos e mentiras estupidas, o que ela poderia ter feito e não fez, o que ela devia ter errado e acertou. Ela segura um copo vazio, escreve algo enquanto chora lágrimas de sangue que mancham a seda fina do seu vestido; cabelos soltos, o corpo molhado pela chuva fria, suas intenções são tão negras quanto a noite que a rodeia. Ela tenta se levantar, arrependida, se agarra em suas ultimas esperanças mais já é tarde. Quase sem forças seu ultimo ato é assinar a folha onde havia escrito: 'Meu unico erro foi amar demais.'