segunda-feira, 23 de agosto de 2010


Mais um dia amanhecendo e com ele se esvaindo minha dor, infelicidade, angústia. Mesmo não tendo nada do que me orgulhar no final do dia eu continuo vivendo e às vezes pensando em como sorrir pras pessoas na rua. Tentando me lembrar de uma piada ou cantarolar uma música ‘feliz’, só pra esquecer o vazio permanente dentro de mim. Escrevendo pra anestesiar a intensidade dos meus sentimentos e pra tentar transparecer uma pessoa normal com preocupações suportáveis, dúvidas compreensíveis e problemas solúveis. Uma única dor me incomoda e não há remédio para ela. Uma dor que vem da alma, que é meu eterno martírio e a que estão sujeitos todos os mortais, mas que nem todos compreendem. Antes eu passava a maior parte do tempo tentando explicar a mim e aos outros o porque me sentia sozinha em meio a tantas pessoas, porque sorria com lágrimas nos olhos ou mesmo porque não compartilhava planos e aspirações. Hoje acho que me conformei, acho que eu precisava entender que essa dor é exclusivamente minha, derrepente eu percebi que senti-la é o único modo de saber que ainda estou viva.

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